CICMAC - Centro Integrado de Capacitação em Metrologia e Avaliação da Conformidade

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• Equilíbrio: busque a complementariedade

Vivemos numa sociedade que busca o excesso para evitar a carência. Mas a saturação e o vazio são condições que impedem a alma de alcançar sua plenitude, pois a constância não pode existir na instabilidade dos desejos da personalidade. A busca pelo equilíbrio foi o ponto de mutação que levou grandes grandes filósofos a desvelarem a causa do ser. Buda alcançou a iluminação após compreeder este princípio e pregou em sua doutrina o caminho do meio, ou seja, a dor como veículo de consciência. O TAO, antigo símbolo chinês, representa a dualidade de forma complementar: a luz termina quando começa a sombra, o masculino não pode existir sem o feminino, a consciência não evolui sem a dor.

O mesmo princípio é válido quando aplicado na formação de caráter de um indivíduo. Platão, em sua República, defendia o uso da música e da ginástica na educação de guerreiros. A música para inspirar a alma e a ginástica para formar o corpo. A falta da ginástica deixaria o homem excessivamente brando e a ausência da música, muito bruto. Neste sentido, a teoria e a prática também seguem o mesmo padrão de dualidade. A experiência só se torna completa quando temos a teoria fundamentada na prática, pois ela por si só nos condiciona a uma visão exclusiva do mundo. Por isso que Leonardo Da Vinci se dizia discípulo da experiência. Para ele, toda a causa devia ser explorada por vários ângulos, e o registro em seu diário era uma prova disso. Todas suas anotações são acompanhadas por imagens que expandem a compreensão das idéias. Os estudos mais esotéricos da teosofia nos falam da necessidade de expressar as idéias por imagens, pois as palavras são muito limitadas em seu sentido de expressão.

O equilíbrio entre a abstração e lógica, teoria e prática, arte e ciência estimulam o desenvolvimento de ambos hemisférios do cérebro. Dentro do processo de aprendizado isso eleva a capacidade do aluno de aprender, pois possibilita a ele a criar novos caminhos e gerar novas conexões para o entendimento. A partir do momento que disassociamos um processo do outro (abstração da lógica) tendemos a ter uma visão parcial das coisas, o que não nos leva necessariamente à visão global da situação. Estimular o uso de ambos hemisférios através de exercíos intelectuais e visuais como os cadernos de Leonardo Da Vinci é uma ótima forma de auxiliar o aluno a descobrir o seu potencial latente.

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